ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: AO017

Oral (Tema Livre)


AO017

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE BEBÊS DE ALTO-RISCO PARA PERDA AUDITIVA EM CURITIBA - PR

Autores:
GONÇALVES, C.G.O.1, CONTO, J.2, SILVA, L.S.G.1
1 UTP - Universidade Tuiuti do Paraná, 2 UNICENTRO - Universidade Estadual do Paraná

Resumo:
Resumo Simples

Em 2012, por meio do programa Viver Sem Limites, foi criada a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência para “implantação, qualificação e monitoramento das ações de reabilitação nos estados e municípios”. A proposta coloca a articulação entre os serviços a fim de garantir a promoção à saúde, identificação precoce e deficiências, prevenção dos agravos, tratamento e reabilitação. Essa medida veio fortalecer ainda mais a realização das triagens neonatais, dentre elas, o testa da orelhinha, que passou a ser obrigatório no Estado do Paraná através de legislação estadual, em 22 de dezembro de 2004 e que hoje é realizado em todas as maternidades do município. A secretaria Municipal da Saúde de Curitiba vem implantando ações voltadas à atenção integral à saúde da pessoa com deficiência através de planejamento, organização da atenção, a promoção da saúde, a gestão do cuidado, a articulação intersetorial e a participação popular para o controle social. A o programa de Saúde Auditiva do município inclui o acompanhamento do bebê de risco para perdas auditivas visando sua atenção integral. Objetivo: caracterizar o perfil dos bebês de alto-risco nascidos nos hospitais públicos de Curitiba e acompanhados num serviço de saúde auditiva. Método: estudo longitudinal, que acompanhou bebês de alto risco para a audição nascidos nos hospitais municipais de Curitiba e encaminhados o Setor de Alta Complexidade em saúde Auditiva para diagnóstico e orientações. Foi aplicado um questionário para caracterização e identificação de riscos para surdez e realizado para diagnóstico o teste de imitância acústica, teste por emissões otoacústicas evocadas e teste PEATE. Os bebês que apresentarem perda auditiva são encaminhados para protetisação e aqueles que apresentarem audição normal são acompanhados até 1 ano de idade. Para o acompanhamento por um ano foi realizados aos 3, 6, 9 e 12 meses de idade do bebê a avaliação auditiva comportamental com sons não-calibrado e orientação aos pais sobre como estimular o desenvolvimento da função auditiva no bebê. Resultados: Dos 70 bebês acompanhados no período de um ano, 66% são do sexo masculino, 57% nascidos prematuramente; 47,14% bebês falharam no Teste da Orelhinha na maternidade em alguma orelha, porém, não houve associação significativa entre prematuridade e falha no TO (P>0,05). O principal critério de risco foi a internação em UTI por mais de 5 dias com 45,71 %, encontrou-se curva timpânica do Tipo “A” em 66% na Orelha Direita e 62% na orelha esquerda; 54,28% falharam novamente no Teste da Orelhinha do serviço de saúde auditiva. Na avaliação auditiva comportamental observou-se respostas não compatíveis com a idade em 41,3% aos 3 meses, 44,44% aos 6 m. e 38% aos 9 m. O PEATE encontrou respostas compatíveis com perdas auditivas sensórioneurais em três bebês, encaminhados para protetisação antes dos 6 meses de idade. Conclusão: apenas 3 bebês apresentaram perda auditiva sensorioneural, mesmo sendo de risco para surdez ou ter falhado no Teste da orelhinha. A função auditiva dos bebês avaliados foi amadurecendo, tornando-se adequada aos 12 meses. A PNASA permite o acompanhamento e diagnóstico precoce das perdas auditivas.

Palavras-chave:
 audição, triagem neonatal, diagnóstico